Márcia Duarte




Diretora, Coreógrafa e professora, Márcia Duarte iniciou sua carreira profissional em 1978, no Rio de Janeiro, com ZdenecK Hampl, tcheco radicado no Brasil. 
Em 1980 cria, juntamente com Luiz Mendonça, o grupo EnDança, atuando como dançarina, coreógrafa, assistente de direção e coordenadora durante quatorze anos. Esse trabalho consolidou o EnDança como um dos grupos mais expressivos no contexto dança contemporânea brasileira de sua época, com êxito internacional. 
Participou ainda como atriz em montagens teatrais dirigidas por Hugo Rodas em O Jardim das Cerejeiras; Fernando Villar em Medeações; e  Guilherme Reis em Pedro e o Lobo. Coordenou o Núcleo de Dança da UnB e é professora do Instituto de Artes da Universidade de Brasília. 
Em 1987 recebeu prêmio como coreógrafa em mostra nacional promovida pela RIO ARTE. Suas criações foram apresentadas pelo Endança no México, Venezuela, Espanha, Colômbia e Estados Unidos, onde recebeu crítica elogiosa no New York Times em espetáculo que reunia obras dos três coreógrafos da companhia. 
No Brasil teve seu trabalho reconhecido e em 1992 apresentou-se no Carlton Dance Festival, ao lado de grupos como o Lalala Human Steps, Groupe Emile Dubois, Mark Morris Dance Group, The Paul Taylor Dance Company e Garth Fagan Dance. 
Participou do Internationales Summer Theater Festival, Hamburg e Colônia (1992), Festival IberoAmericano de Teatro de Cádiz, com extensão em Madrid (1993), Premio Roma per la Danza (1994) e foi selecionada para o Projeto Skite, realizado em Lisboa (1994), um laboratório de criação que reuniu destacados coreógrafos e intérpretes de diferentes países, entre eles: Hervé Robbe, Alain Platel, Mark Tompkins, Irene Hultman, Vera Mantero, João Fiadeiro, Angels Margarit e Meg Stuart. 
Em 1995 cria sua própria companhia e estréia Reta do Fim do Fim, obtendo indicação para o Prêmio Mambembe de coreografia e para o Prêmio de Cultura do DF. O espetáculo se apresentou no Brasil, Estados Unidos, Uruguai, Equador e Cuba, onde recebeu o Prêmio Villanueva como melhor espetáculo estrangeiro apresentado em 1997. A seguir apresenta Movimentos do Desejo, também indicado para o Prêmio de Cultura do DF. Este espetáculo cumpriu temporadas em Brasília, São Paulo, Rio (onde participou da mostra DANÇA BRASIL, realizado pelo CCBB) e em mostra internacional realizada em Bogotá e Barranquilla, na Colômbia. 
Em 1998 integra um seleto grupo de coreógrafos convidados pelo jornal O Globo para discutir as novas tendências da dança no Brasil, dividindo a mesa com Rodrigo Pederneiras, Deborah Colker, Carlota Portela, Márcia Milhazes, Regina Miranda, Lia Rodrigues e Márika Gidali. 
Em 1999 Márcia Duarte é contemplada com a Bolsa Virtuose (MinC) e realiza projeto de residência em Nova York, no Movement Research, e em Montreal, no Departamento de Dança e Teatro da UQAM. 
No seu retorno é convidada pelo Núcleo de Dança Contemporânea BaSiraH a criar o espetáculo SEBASTIÃO, em co–autoria com Haward Sonenklar e Giselle Rodrigues. O espetáculo estreou em 2000 com excelente repercussão. Reapresentou-se em 2001, integrando a programação da exposição ÊXODOS, do fotógrafo Sebastião Salgado. Participou ainda de eventos em Porto Alegre, Fortaleza, Londrina e Curitiba, considerado um dos melhores trabalhos do Festival Internacional de Curitiba – Fringe. 
Desde 2001 vem se aprofundando em sua pesquisa e criação artística, concluindo projeto de mestrado pelo Programa de Pós-Graduação da UFBA, que deu origem a SÉRIE TOUROSmerecendo elogios pelos trabalhos Olhos de Touro (2002) e De Touros e Homens (2003). 
Em 2005, inicia seu projeto de estudos de doutorado com a perspectiva de realização de mais duas criações: Jogos Temporários (2006) com a Cia Ilimitada do Balé do Teatro Castro Alves, apresentado em Salvador e cidades do interior da Bahia e Húmus (2006), obra resultado de sua investigação artística motivada por questões que vem permeando toda sua obra em busca de novas formas de expressão cênica, apresentada em sua primeira versão no Teatro Castro Alves Salvador, na última edição do Atelier de Coreógrafos Brasileiros Ano V. 
Nos anos subseqüentes dedica-se exclusivamente à redação de sua Tese de Doutorado, defendida na Bahia em março de 2009, e, após o regresso a Brasília, à continuidade dos trabalhos da Cia Márcia Duarte e das atividades como docente na Universidade de Brasília.